21 jul As maçãs podres do agronegócio brasileiro
Apesar da maior parte da produção agrícola brasileira ser oriunda de processos livres de desmatamento, cerca de 2% das propriedades localizadas na Amazônia e no Cerrado são responsáveis por 62% de todo o desmatamento ilegal registrados nesses biomas. Além disso, 20% da soja e 17% da carne bovina brasileiras exportadas para a União Europeia podem estar “contaminados” pela derrubada ilegal de florestas.
Os dados foram apresentados em um recente estudo publicado na Science, “The rotten apples of Brazil’s agribusiness”. O artigo é assinado por 12 pesquisadores de Brasil, Alemanha, Suécia e Estados Unidos. O ponto de partida foi uma ferramenta computacional desenvolvida na Universidade Federal de Minas Gerais capaz de rastrear toda a cadeia produtiva de soja e gado a partir do cruzamento de informações de diferentes bancos de dados, como o Cadastro Ambiental Rural.
Os pesquisadores afirmam que o aumento da preocupação e da pressão internacional são importantes para pressionar o Brasil a adotar medidas de preservação ambiental e que os termos do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia devem prever salvaguardas ambientais, já que a responsabilidade de manter as florestas brasileiras de pé é compartilhada.
O artigo completo está disponível aqui.